Metropolis traz uma nova interpretação do espaço urbano a partir de paisagens já existentes na própria cidade de São Paulo.
A sobreposição das mais diversas construções e projetos urbanísticos dessa metrópole cria imagens que, a princípio, podem parecer caóticas e densas, mas que vão gradualmente proporcionando ao espectador uma experiência artística singular, à medida em que transformam concretos e sólidos em estruturas transparentes.
A simetria, o equilíbrio e a proporção criados a partir da justaposição dessas fotografias trazem também geometrias inéditas, tal como um tecelão inventa novas texturas a partir da trama de tecidos diversos.
Por outro lado, a reconstrução visual pode ser entendida como uma crítica ao crescimento desordenado da capital paulista, crescimento esse que altera sua forma originária privilegiando o cinza do cimento e a aspereza do concreto.
Não importa o ângulo pelo qual se observem as fotografias, a série Metropolis mostra o poder do olhar criativo e ousado que pode brotar a partir do caos.
O nome Metropolis um tributo ao filme mudo "Metropolis" de 1927 dirigido por Fritz Lang.